Febre!

Tu é a ultima vaga que eu tenho pra me atirar

Com pressa de qualquer coisa.

Eu sou um corpo em febre

Que se atira aos teus pés

Voraz e delicada

Como garotos inexperientes

Que tentam tocar a mão da jovem amada.

Eu sou uma noite doente

Que só fala de ti

Aos ouvidos de quem dorme.

Sou o sonho que engole qualquer momento de paz

E joga tua imagem

Em todas as paisagens

Apaga qualquer nome escrito

Que veio antes de ti.

Não sou mais que uma menina apaixonada

Ainda achando belo os devaneios do amor

Sem nada saber sobre dor ou, prazer.

E digo que é amor, porque se da por convenção,

este nome, aos momentos de fulgor

de suor e tremores.

Aos momentos de horrores

Quando todos tem teu rosto

E cada sussurro a tua voz.

Tu é a ultima vaga que eu tenho pra me atirar

O único mar pra me devorar

Como se devora navegantes perdidos de seu destino.

Sou um corpo em febre.

Que pede o teu alivio.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 14/06/2012
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