Kurai Tenshi

Anjo que provém das sombras,

Aquelas das quais, a cada instante,

Me é roubado um pedaço de sanidade

Tráz contigo essa tua tamanha beleza

Que, em contraste com o abismo

de tua alma ausente,

Rouba de mim o que me é de mais valor.

Diante do altar

Vejo-te sob o negro véu

De quem, um dia, pecou

E marcada pelas lamúrias

De cada flecha de agonia

Que atravessa tuas asas ensangüentadas

E é o respingar de teu sangue

Encobrindo o teu caminhar

Que faz meus olhos seguirem teus passos

A um infinito sem destino e sem volta...

Cynthia Funchal
Enviado por Cynthia Funchal em 08/02/2007
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