Minha última serenata...

Os céus desabam sobre esta melodia...

Os ventos conduzem a velocidade e interagem em todas as formas...

A chuva calmamente vai tomando conta de tudo

Impondo seu ritmo singular

E a cada núvem que se agrupa ao redor da tempestade

Transbordam inúmeros desejos restringidos...

A noite se aproxima dando seu tom mais sombrio...

As sombras se camuflam abaixo das colinas, fugindo do clarão da aurora...

Palavras te fazem acreditar...

Palavras te fazem entrar em estado de desorientação...

Te movem, influenciam, destroem...

Dizem que palavras sábias podem te salvar

Mas nenhuma delas me fará parar de sangrar...

E mais uma vez me encontro aqui com coração na mão...

E em mil maneiras distintas, culpo a mim mesmo por erros não cometidos...

Por pensamentos não escritos

Por ações não tomadas

E por sorrisos escondidos...

Se ao menos você estivesse aqui agora...

Eu acharia um novo modo de te mostrar

Como é esta melodia em que os céus desabam...

E todas as formas e velocidades que o vento conduz...

Toda singularidade da chuva...

E como as nuvens em sua junção transbordam desejos restringidos...

Se ao menos você pudesse se abrigar nos meus braços

Em um tom suave e reconfortante de um belo amanhecer...

Rafael Crow
Enviado por Rafael Crow em 28/06/2012
Código do texto: T3750141
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