Minha última serenata...
Os céus desabam sobre esta melodia...
Os ventos conduzem a velocidade e interagem em todas as formas...
A chuva calmamente vai tomando conta de tudo
Impondo seu ritmo singular
E a cada núvem que se agrupa ao redor da tempestade
Transbordam inúmeros desejos restringidos...
A noite se aproxima dando seu tom mais sombrio...
As sombras se camuflam abaixo das colinas, fugindo do clarão da aurora...
Palavras te fazem acreditar...
Palavras te fazem entrar em estado de desorientação...
Te movem, influenciam, destroem...
Dizem que palavras sábias podem te salvar
Mas nenhuma delas me fará parar de sangrar...
E mais uma vez me encontro aqui com coração na mão...
E em mil maneiras distintas, culpo a mim mesmo por erros não cometidos...
Por pensamentos não escritos
Por ações não tomadas
E por sorrisos escondidos...
Se ao menos você estivesse aqui agora...
Eu acharia um novo modo de te mostrar
Como é esta melodia em que os céus desabam...
E todas as formas e velocidades que o vento conduz...
Toda singularidade da chuva...
E como as nuvens em sua junção transbordam desejos restringidos...
Se ao menos você pudesse se abrigar nos meus braços
Em um tom suave e reconfortante de um belo amanhecer...