Todas as coisas que amo
Tudo o que amo
Guardo em liberdade
Tudo o que amo
Que amo de verdade
Não prendo em cadeias
Nem deposito em estantes
Não marco com alianças
Nem compro com diamantes
Tudo o que amo
Deixo solto
Como passarinhos errantes
Tudo o que amo
Trato de bem cuidar
Mesmo distante
Tudo o que amo
Trato de reconfortar
Todas as coisas que amo
São como passarinhos
Que repousam em meu santuário
Revoam no entardecer
Livres no ir e vir
Todas as coisas que amo
Trato com singeleza
Sem gaiolas, sem alpiste, sem privações
Quando era menino, tinha um passarinho
Mas de tristeza ele morreu
Por isso não prendo mais passarinhos
E não chamo mais de meu o que julgo amar