UM ANJO

Quando um anjo

Perde uma de suas asas

Passa a rodar em círculos

Como um ser humano pesado

Na sua consciência

Sua essência o sentencia ao pecado

Ele vem resgatar sua leveza

Seu outro lado que ficou na gravidade

Sua outra asa para a felicidade

Sua outra metade do outro plano

Sua sintonia sua pranificação

Sua estrela guia seu coração

Para que se cresça em sua levedura

Não secarão suas verduras

Como o fazem

Os que se regozijam

Com os falsos amigos

Que como a gordura no fogo

Em fumaça se desfarão

Mais viemos por ocasião

Para nos tornarmos completos

E na poesia deixar de lado a hipocrisia

E ganhar leveza em sua androginia

Levar para a mansão dos vivos

Onde o sol habita entre os homens

A sua pureza infinita

Que ele recupera dentro de seu

Mais profundo eu infinito

Contido no seu amor

Tão puro como a luz do sol

Que a tudo comanda

Como se fossem olhos

A raiar o meu dia

Lanternas do meu caminho

Berçário que nos embala

No mar ardente da poesia.

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 04/07/2012
Código do texto: T3759438