SONHOS DE CRIANÇA
"Os olhos do poeta, girando em louco êxtase, vão do céu à terra, da terra ao céu e, como a imaginação concretiza a forma de coisas desconhecidas, a pena do poeta põe-se a defini-las, e dá à uns tênues nadas, uma casa e um nome" (W. SHAKESPEARE).
Nos cadernos de estudos,
ou no banco escolar,
não escreverei o teu nome.
O caderno pode ser rasgado,
o banco escolar
novamente ser envernizado.

Não escreverei teu nome
em troncos de árvore,
nem na areia,
nem na neve.
O  verão chega
e a neve se consome,
a onda com sua esponja,
apaga o que está escrito na areia,
a árvore cresce, ou cortada,;
sendo cortada, o destroi;
se crescendo, desmancha-o.

Não escreverei o teu nome,
porque já o escrevi
no céu da esperança,
nas estrelas dos sonhos,
no sentimento infinito,
nas palavras de amor,
na consciência do coração, 
na pureza do amor,
e é
pelo fogo, explosão
e poder dessa palavra
que vivo,
e dei à ela o nome, chamei-a
chameia
                 SAUDADES!...



RayKorthizo Perez
Enviado por RayKorthizo Perez em 15/07/2012
Código do texto: T3779342
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.