Rosa

Sou rosa

Rosa maculada de sangue

Imaculada sem concepção

Sem apêgo, sem piedade

Sou rosa pura compaixão

Sou rosa sem atrito

Ao vento leve

Do meu somente

Sol eternamente

Grito !

Rosa banhada nas estrelas

Ao sorriso alegre do deserto

Ao coração aberto

Que sangra

Ferido

Rosa somente rosa

Rosa ao coração aflito

Ao doce ìmpeto dos raios

Das tempestades

Que me dilaceram

Me invadem....me desesperam

Rosa sem voz

Ao canto lìmpido

Aos raios perdidos

Das ondas passadas

Que não mais voltam

E que eu não vi passar

Porque....rosa sem tempo

Meu instante

È meu desafio

Minha dor

È meu desatino

Porque não mais compreendo

As crianças que choram

Mas chora no meu peito

A revolta que as devoram

Os sorrisos roubados

Os brinquedos quebrados

Os olhos vadios

Que não sabem mais sonhar !

Sou rosa e não quero

Não quero mais ser quem sou

Quero um sorriso

Uma làgrima

Quero paz

Quero amor !

Rita De Aragão Santana
Enviado por Rita De Aragão Santana em 12/02/2007
Reeditado em 12/02/2007
Código do texto: T378291