PORQUÊ ?

PORQUÊ ?

Assusta-me o seu modo de ser.

Alucinado fico com canto da sua voz.

Hipnotizado até a alma com os movimentos do seu corpo.

Boquiaberto com a sua nudez.

Porquê ?

Este modo de contorcionar o seu corpo

Embaraça dos meus pensamentos

Altera o meu modus vivendis

E me faz seu refém?

Porquê ?

Perco o senso do ridículo,

Esqueço os bons modos

Atropelo a compostura

Ao sentir o perfume do seu corpo

E o calor dos seus abraços?

Porquê ?

No seu cantar e no seu contorcionar

Leva-me não só às nuvens, mas aos paraísos.

Como se estar ao seu lado, não estivesse eu, em um deles?

Porquê ?

Não fosse seu modo de ser e de amar

Uma forma de externar o seu desejo incontido.

Que arrebata e bate firme como uma chibata

No encontro dos nossos corpos

Dignos de um espetáculo da mais elevada ribalta?

Porquê ?

Sei que não responderás.

Pois muitos seriam os motivos

E não saberias enumerar

Quantos e quantos

Por quês?

Romão Miranda Vidal.

ROMÃO MIRANDA VIDAL
Enviado por ROMÃO MIRANDA VIDAL em 13/02/2007
Código do texto: T379271