O CORDEL
Era só o começo de um tudo que ainda estava por vir,
Mas ela não se importava,
Era o começo!
Ela se agarrava a isso como quem não tem escapatória,
Assim mesmo: começo, meio e fim.
Era um tudo, e depois: emoções.
A barca sai do porto,
Correndo em direção aos três sóis, que se debruçam quentes, sobre o horizonte de palavras sem fim.
E ela se cala.
Mentindo pra si mesma,
Ela se cala.
Às vezes ela se força a ser outra pessoa,
O que é o pior.
Se não o corpo, que pelo menos seu espírito beba dessa água e desfaleça,
E que ela desfaleça como o dia.
Porque já é dia.
E tudo era assim: manhã, raio e sol.
Ela então fingia, experimentando a doce fantasia.
Já não precisaria mais das assas de seda e nem do papel.
E seus pés, firmes, galgam o chão.