TAMBORIM
O sol, senil, continua sorrindo, pálido e sem fim.
E depois, o dia cai.
Doce, calmo, tenro e puro de paz,
O dia cai.
O clarim da sinfonia que, branda, brinda a luz,
Encharca a beleza gritante do não saber,
E namoro o crepúsculo.
O dia cai.
Embebidos de uma cálida agonia,
Os passos secos contra o piso verde,
Rasgado em dois, o céu azul.
O sereno volante decora de seca a paisagem áspera,
O dia cai.