Presa difícil
Me desculpe!
Pela invasão de privacidade,
em profanar o santuário
do teu corpo, da tua alma.
Tento ser discreto, arredio...
Pegar leve e silencioso.
Mas perturbo o teu sono,
espanto o teu bom humor.
Teu álibi de presa difícil,
não inibe meu faro de predador.
Recuo...
Vejo-te em outras belezas
que me fazem lembrar de ti.
Não desisto e nem me acovardo;
a vida é breve, o mundo pequeno.
Por aqui, só existe nós dois.