Solidão a dois

Vivo na incerteza de te encontrar

Sem nunca ter te procurado.

Vivo na sombra do teu vulto

na sombra da minha própria solidão, já desbotadas, tão démodé.

Mesmo assim eu corro, insisto, ignoro, me vingo; sigo sem sentido;

Chamo por mim, clamo socorro, invento lamentos já sem forças sigo sangrando;

Não me vejo com escolhas, sigo nas sobras do acaso do lamentos inventados, nunca endereçados, com remetentes inválidos, inexistentes, mas onipresentes.

Edeneide Xavier
Enviado por Edeneide Xavier em 02/09/2012
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