Eu estarei no meio da densa tormenta apenas pensando em nós

Quando desce a noite e surgem as cadentes e brilhantes estrelas do céu, lembro-me fascinado o dia que reconheci o mesmo brilho em teu rosto.

Confesso timidamente que os meus olhos brilharam mais.

Sim! Brilharam muito mais quando te enxergaram com tanto gosto!

A colisão de duas luzes que logo no primeiro instante ofuscou tudo o que brilhava ao redor e ao derredor. Talvez, se não, atrapalhando os navegantes!

O exagero pertence a nós, a condição de poeta nos dá o direito de extravasar sentimentos usando palavras, das menores as mais importantes!

Todavia digo com muita verdade em meus versos, não é exagero o sentimento que sai de mim!

Outrora eu não diria, pois antes eu não escrevia, porque nada cabia em versos do amor que eu tenho por ti.

Temo que tu não leia o que o meu coração tanto anseia querer te contar!

Prendi meus versos num baú maldito, e tudo o que era para ser dito ficou sem se falar!

Então, por que não deixar soar todos os versos que livres querem voar a ti?

E tenho que dizer-te:

Tudo ao redor pode cair!

Cair os céus sobre a terra...

Desmoronarem as montanhas e secarem os mares!

Eu estarei no meio da densa tormenta apenas pensando em nós!