O AMOR É COMO É...

O AMOR É COMO É...

Nada faço que não tenha um toque de alegria...

Da alegria que o amor inspira

E coloca-me sempre

Numa espécie de ilha,

Ou terna redoma...

Já desisti de não querer pulsar

De não querer amar

Ou de fugir

Daquilo que faz de mim

Divina e imortal...

Da razão de ser de existir

Já não fujo, feito tola, aos seus clamores

Porque não se pude fugir ao que se é...

Mesmo que eu me negue

Ao enxergar suas cores

O amor se impõe, existe, é como é...

Nada me resta depois de tanta luta

Que descansar e me render

Ao beijo teu...

Nada me resta depois

De ver a face oculta

Do reverso do amor,

Angústia, rancores, dores,

Sentimentos que se vão

Vãos desejos, ilusão...

Então me vejo inerme

Odor, ternura, epiderme

Linguagens do coração...

Quando não era amor

Se um dia foi amor

Se qualquer dia será...

Importa pouco...

Vivi, sofri,

Viveste, foste...

Agora mais lindo vem

Ternura que se doa

Carinho que se deixa

Suavemente tocar...

Não temos pressa...

A noite é uma menina

Que se curva ao teu olhar

Tímida, risonha, traquina...

A querer te deleitar!

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 19/02/2007
Código do texto: T386678