SOZINHO NA MADRUGADA
SOZINHO NA MADRUGADA
Passeava sozinho pela madrugada
Pensando nos amores que já tive
Quando vejo na penumbra da calçada
Uma mulher em cujo corpo já estive.
Sorria, com um sorriso largo e belo
Penetrava-me com seus olhos bem escuros,
Tinha neste sorriso tão singelo,
As dores e sofrimentos de atos impuros.
Gritou meu nome de maneira diferente,
Mas com um grito suave de pureza,
Como sempre de uma voz pura e decente
Das mulheres que sofreram a incerteza.
Aproximou-se e deu-me um beijo muito quente,
Mas tinha na garganta entalada a voz,
E o seu vulto foi sumindo de repente,
Perdoo-te. Foste na minha adolescência o meu algoz.
E ASSIM TERMINA UM POEMA DE FORMA DIFERENTE.