SOZINHO NA MADRUGADA

SOZINHO NA MADRUGADA

Passeava sozinho pela madrugada

Pensando nos amores que já tive

Quando vejo na penumbra da calçada

Uma mulher em cujo corpo já estive.

Sorria, com um sorriso largo e belo

Penetrava-me com seus olhos bem escuros,

Tinha neste sorriso tão singelo,

As dores e sofrimentos de atos impuros.

Gritou meu nome de maneira diferente,

Mas com um grito suave de pureza,

Como sempre de uma voz pura e decente

Das mulheres que sofreram a incerteza.

Aproximou-se e deu-me um beijo muito quente,

Mas tinha na garganta entalada a voz,

E o seu vulto foi sumindo de repente,

Perdoo-te. Foste na minha adolescência o meu algoz.

E ASSIM TERMINA UM POEMA DE FORMA DIFERENTE.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 23/09/2012
Reeditado em 26/10/2012
Código do texto: T3896983
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