Carnaval de nós dois

E a bandinha que passava lá na rua

Anunciando o carnaval de nós dois

Já trazia o Pierrot, poeta e louco de amor

Que amava Colombina, tão menina, moça e flor

O palhaço só de versos se fazia

Tanto amor que declarava e de paixão é que vivia

Encontrou em Colombina o amor pro seu poema

Fez-se mar e encantar, os seus versos declamar

Colombina tinha verso e prosa a seu dispor

Tinha o guarda, delegado e o malvado brigando por seu amor

O Pierrot que não era besta, tão logo se preparou

Fez a barba, pôs perfume... Rapidinho se ajoelhou

E pediu a Colombina lugarzinho no seu céu

Que o inferno ele já tinha ao ficar sem o teu mel

Pierrot era poeta, alegre, triste, sonhador

Colombina era menina, borboleta, beija-flor

Pierrot e Colombina se prometeram um pro outro

Fez-se o sol e fez-se a chuva inundando o céu dos dois

E de amor os dois viveram e o fim só pra depois

A bandinha anunciava o amor de carnaval

Diferente de outros tantos por não ser só vendaval

Pra não virar cinza a quarta-feira o palhaço declarou...

Seus sorrisos e seus versos no carnaval de seu amor

Colombina que sorria já no sonho do Pierrot

Abraçada a seu amado... De peito aberto ali ficou

O coração dele pra ela... Ela dele se tornou

Dois sorrisos, um motivo

Para sempre um amor

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 25/09/2012
Código do texto: T3901428
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