AMOR
AMOR
No tombar da tarde
você chegava
Trazia um olhar tristonho,
seu!
Era miragem?
Alucinação?
Não, você chegou sorrateiro
Assaltou a minha vida
Ladrão!
Roubou-me a paz,
o silêncio
A minha razão
Então ali eu fiquei,
Atônita
Muda
Sem ação.
Tremia
Suava
Sorria
Chorava
De alegria e de paixão
Fomos nos aproximando
Coração disritmado explodia
Corpos consumidos em chamas
Desejo insano, alucinação!
Pele arrepiada
Dentes travados
Poros umedecidos
Por lágrimas de emoção
Entrega total
Amálgama de sentimentos
Ódio, paixão
Almas e corpos atracados
Uivos de gozo supremo
Subiam aos céus
E suplicavam misericórdia
Não era amizade, meu Deus, perdão!
Assustada com o bem-te-vi
Insistente a me chamar
Olhei para o relógio cuco
Era hora de acordar!
Benvinda Palma