BEIRA DO MAR

Tudo é céu e mar na beirada do seu corpo

Na areia macia, vestígios de poesia

Rastros do destino, os pés andando em solidão

Sintonia descompassada, a de se viver sozinho

Raios de lua, estrelas me beijam

O vazio do desejo escorrendo da boca

A vontade mais louca de lhe encontrar

Na beirada dos olhos, na beira do mar

No centro da minha mocidade

Em alguma praiana cidade

De casebres tortos e varais em festa estampando a felicidade

Repara o que nos resta, o exaltar do amor..

O exalar do seu perfume

Se confundindo em maresia

E a bruma das minhas palavras

Em grãos de melancolia

Lhe trago toda essa paz

Esse infinito imenso da paz marinha

Lembro-me de ti ao mirar o mar, beijar o mar

Saibas que mesmo só, você nunca estará sozinha