Tu

Estou à véspera de teus olhos,

de tua alma esférica negra...

Possuidora do reflexos do mundo,

que a Terra vem ver-se nos teus olhos!

Mais infantil não há face

nem notícia de outro poeta

presenteado pelo Universo com um enlace

de formas e substâncias as quais representas...

São as formas delineadas por ventos

ou suspiros que tua própria palidez soprou,

e as substâncias são massa de calores bentos

sopradas pos vossa boca que se criou...

Não sois deusa, Santa Divindade,

que Deus é todo o espaço,

sois o Sol e a chuva no fim da tarde

e uma serenata de uivos da brisa...

Sois infinita como graça,

do meu sono és a fonte efluvial

e quando o dia cai e o plenilúnio se levanta

flutuo contigo num sentimento espiritual...

12/12/04 14:58

ralv
Enviado por ralv em 23/02/2007
Reeditado em 26/02/2007
Código do texto: T390863