Canteiros

Para a minha mais linda poesia ...

Ontem foi-se a poesia, tarde

Como o bloco que passou nas ruas

Efêmeras, que abriu portas nuas

Que in-ventou brisa, vida que parte

Hoje canto tua vida inspirado

Nos córregos que banham canteiros

De hortênsias, violetas – o teu cheiro

Teu brilho, tua arte em mim impregnados

Amanhã pássaros e cigarras

E o sol virão em meio à serração

Te embalar na rede assim tão bela

E a mesa posta junto à janela

Me oferece teu néctar, libação

De tuas mãos que soltam-me as amarras

Marcelo de Andrade

23/02/07

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