TOQUE DO DESTINO

Dos movimentos ciliares as unhas

Serpentinas se enroscam nos olhares

Pierrôs e colombinas sem máscaras e alcunhas

No meio da multidão outonos e verões

Buscam-se como flores verdes em botões

Mal sabem eles que o momento de uma ilusão

Que parece ser como folha passageira

Dura um décimo de segundo para o coração

Na verdade é como uma lagarta se arrastando pelo chão

Uma vida inteira de saudade pelo mundo da paixão

Pode até um dia virar borboleta

Mas jamais se esquecerá daquele ridente pulo

Um sonho que aconteceu no casulo...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 05/10/2012
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