Devaneio de amor

Amo-te como jamais amei alguém

Desejo-te nos meus mais belos sonhos

Minha alma anseia por seus beijos

E meus olhos precisam dos seus.

Vejo-te em meus sonhos

Sinto-me ansiosa ao pensar

Que em breve, num dia cálido

Sua boca poderei beijar.

Guardá-lo-ei em meus pensamentos

Para que nunca me sinta abandonada por ti

Quando longe de meus braços estiveres!

Esperá-lo-ei até que a morte me faça desvanecer.

Contarei os cobiçosos dias para te ver

E quando o encontrar serei só tua,

Lançar-me-ei em teus braços

E lhe entregarei o meu corpo

Para que tu me afagues em teu colo!

Serei tua, só tua

De alma, corpo e coração

Hei de perder-me em teus braços.

Tu serás minha fonte de vida;

Matarão minha sede os teus beijos.

Amo-te tanto como nunca amarei ninguém!

Perder-te faria meu corpo puro e santo

Vagar pelos cantos sombrios

A procura de teus olhos ternos e expressivos!

Que alegria seria

Se em teus braços eu pudesse encontrar-me agora!

Adormecer em teu leito para sempre

Mergulhar em seus olhos e abraçar a ternura

Que tanto me faz bem!

Os dias que não o vejo

São como manhãs gélidas de inverno!

Onde a imperfeição toma conta de meu ser

E me faz abrumar ao cinza dessa manhã!

Perdida estou em meus loucos desejos!

Seus lábios hei de beijar alegremente

Como se estes fossem mel ao paladar de um urso!

Tua, só tua!

Entrego-me a ti como se não houvesse mais nada!

Como se o mundo se resumisse a você!

Mas eu me resumo,

Pois és o que tenho de mais belo!

Fazes-me um bem indescritível!

Qual um anjo pálido, formoso...

Que vem ao meu encontro e me abriga em seu peito!

Meu amor é água á jorrar

E tu és a fonte que eu habito!

Quero beber seus lábios adocicados

Em um só gole de encanto!

Sinto-me ingênua, sinto-me virgem

Aos olhos desse amor irrestrito!

Sinto-me deusa, sinto-me sã

Por amar-te na mais pura inocência!

Cecilia Mendes
Enviado por Cecilia Mendes em 25/02/2007
Código do texto: T393125