RIO DE AMOR

Seus olhos pareciam uma capela sistina

Aqueles "pubs bar" de fim de noite na esquina

Uma joia estrelada que podia colocar nas mãos

Uma princesa desfilando qual mariposa da escuridão

Riscou o fósforo da noite e acendeu as estrelas

Uma por uma e vi que incrustados em seu púbis

Um rubi rubidescente brilhava em minhas mãos...

E nos conchavos surpreendentes um facho se abre

Um fulgor se perpetrava qual tigres de sabre

Queria muito as joias da rainha

Minha majestade estava adocicada

Como abelha rainha sem ferroada

Enfim! suguei-lhe o doce mel

O botão em flor se abriu

Margaridas num céu de abril

E a minha vida se coloriu

Agora sou a gruta dos ventos

Que a língua me sorriu

Sou eu e ela a fonte que sustenta o rio...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 24/10/2012
Código do texto: T3949208
Classificação de conteúdo: seguro