Amando em Positano

Este amor que floresceu nas escarpas rochosas do teu coração,
Sobrevive a intempéries constantes de inverno a verão, lutando.
Tentando chegar ao âmago do teu ser e festejar, em Positano,
Ao som das ondas do Mediterrâneo, mesmo que alijado da razão.

Embriagar-me-ei em teu doce e cheiroso suor de mulher madura,
Saturarei o instinto animal deste desenfreado e impertinente querer,
Mas de te cuidarei como uma virgem santa, encaixada a moldura,
Te amando e a amando com indisfarçável e melodioso prazer.

E quando chegar o certo e indesejável dia da minha morte,
Que seja uma morte furtiva, serena, uma morte gostosa,
Sobre teu corpo perfumado com uma brisa leve do norte.
Assim, feliz deixarei Positano e tu. Teria uma vida ditosa.




Para Mônica.

Luís Jorge Vidal
Enviado por Luís Jorge Vidal em 24/10/2012
Reeditado em 24/10/2012
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