Num Dueto, Um Abrigo
Quando não estás aqui,
Tudo parece um pouco cinza...
E eu, de forma cinza (em cinzas)
Me pergunto
Onde estás?
Como estás?
Percebo, feliz, que estás...
Isso acalma qualquer suposta tempestade
E a suposta tempestade, passa a ser
Minha marionete
Mesmo quando parecemos não estar juntos
Quando sou ausência dolorida
Ainda assim me torno presença
Transformando-me em pensamentos que chegam até você
Anseios, fantasias, sonhos...
Transportam pedaços daquela singela menina
Daquela que você fez sorrir
Para que juntos possamos ver o céu
Que agora não está mais nublado
E sim colorido pelos raios da paixão
Sendo assim, falta pouco...
Falta só os ponteiros do relógio correm,
Os asfaltos encurtarem,
E sentir o teu calor...
Todos os dias, quando acordo, penso
Se ainda não chegou nossa hora,
Como menino em noite de Natal...
Natal de sonhos,
Natal de todas as estações,
De todos os momentos...
Sem literaturas, teses, conceitos...
Só contigo...
Tão pouco
Para que nossos olhos se enamorem
Para que nossas mãos se encontrem
E para que finalmente
Nossos lábios se unam
No mais esperado beijo
O beijo de uma vida
O beijo de sentimento
O beijo suave do meu amor
O único que suspiro em pensar
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(Poeta Dahlua e Fernanda Freitas)