Qual será a minha morada?
Uma de minhas moradas
Talvez seja lá defronte a velha paineira
Inerte sob sua sombra.
Já pensei que poderia ouvir alguém dizendo meu nome
Perguntando como faz para espantar todo esse frio?
Afinal onde é então minha morada?
Pensando enquanto caminho pelas ruas alagadas
Ouço o coaxar dos sapos que desandam em coro
E chego à conclusão inconclusa,
De que minha morada és onde tu estiver.
A noite cai lentamente
Devolvendo meu telhado...
Talvez essa morada seja a que melhor possuo
És meu castelo, meu refúgio,
E eu já não sei dizer se meu coração me pertence.
Chego a pensar que ainda sou capaz
De não me sentir tão só
Em meio a essa multidão gritando quando acaba a luz.