Minhas Cinzas
Tão brancas e tão lívidas,
Teus lábios apenas se contraem
São dos amores as dívidas
Que os seus sentimentos traem!
Bailam pelo ar essas cinzas
Serpeiam inertes ao meu redor
Como no beijo lascivas línguas
Conjuram o poder de um amor!
Mãos percorrem as extensões
Corpos unidos pelo prazer,
Fincando nos orgasmos emoções,
Daquilo que virá a morrer
Sopradas pelo calafrio as cinzas
Voam para nosso paraíso,
A miséria do amor que mínguas
Morrendo em teu sorriso!