As queixas sempre tão justificáveis
As queixas justificáveis deste espectro cambaleante
Jazem em suas memórias
Com uma flor sobre a lápide,
Descansa inerte pela eternidade.
Ao tempo sempre faltante,
O caminheiro distante nunca tinha
Nem para explicar o que estava acontecendo,
E esse relicário imenso abriga suas lágrimas.
Esse colar de pérolas pendurado
Não justifica as palavras belas
Que está dizendo,
O que está mesmo fazendo?
O fogo vem queimar,
E no seu ardor
Justifica todas as ausências
Por realmente ser amor.
E nas lágrimas do céu
Que caem em forma de chuva
Lembram que até o mar já fora
Apaixonado pela lua.
E agora jazem silentes
Entre os trastes empoeirados
As lembranças amareladas
De um tempo bom.