NOSTALGIA

Há meses que eu não sinto a paz tão esperada

Roçando o punho inerte dessa horrenda rede,

Restando-me o balanço do pé na parede

Enquanto o dia desvirgina à madrugada...

Entre um cigarro e outro que me mata aos poucos

Entrego-me às lembranças e às s melancolias

Perdido entre bilhetes e fotografias

Que me mantém seguro no mundo dos loucos...

E muitas vezes, nesse cadafalso exótico

Escuto a tua voz, num surto psicótico

Rasgando esse silêncio que baixinho chora...

E chego a ver teu vulto que o meu peito arrasa,

Trazendo vida nova à nossa triste casa

Que virou manicômio quando foste embora...

(Nizardo)

Poesia registrada.

Xerinho.