Guerreira do Amor

Guerreira do Amor...

Não queria definhar pelas marcas do amor

Idealizado, mal amado, mal entendido

Não queria sentir as dores dos desvalidos

Abandonados, deixados ao relento...

Não queria um sussurrar triste

Como cantilena de vento que se perdeu...

Não queria que fosse eu a derramar

As lágrimas dos mártires, heróis ou covardes...

Não queria a tua longe da minha vida...

Não queria fazer sangrar a ferida que nem cicatrizou...

Não queria amargar nenhuma dor, nenhum fel...

Queria muito mais o sabor do mel, do doce desejo,

Do arpejo que sai de tua boca, quando nos falamos...

Do beijo, posto em palavras e sentidos,

Do gosto de sentir-me amada, tua, inteiramente...

Sonho somente com os dias que virão...

Ninguém há de arrancar-me a esperança...

Ninguém há de matar os sonhos possíveis...

Ninguém há de me ver a viver dias infelizes...

Porque não eras a cópia perfeita dos meus delírios

De mulher.

A mulher que sou é guerreira

Mensageira de amor e não quer,

Não permite que os sonhos sejam derribados...

Amordaçados ou vencidos...

O que me faz caminhar é uma força tamanha

Como aquela que há nos elementos da natureza

Que se expressam, existem e governam na hora das tempestades,

Ou mesmo quando a chuva se vai

E deixa brilhar, apesar dos homens, um sol lindo,

Imponente, deslumbrante e ainda ironiza-os

Quando pinta no céu um arco-íris abundante em cor!

Não é possível negar a força desse amor incógnito!

Um amor que se dá e existe,

Porque amar é a sua própria natureza,

A sua própria razão de ser e assim

O amor é essa força que me conduz e mora em mim!

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 03/03/2007
Reeditado em 03/03/2007
Código do texto: T399946