Andarilho sem Asas

Havia um tempo em que vivia num céu estrelado. Sonhando. Repetia sempre para ti, como tinha medo de perder minhas asas.

Chegou um momento em que vi meu peito abrir. Rasgado. Senti um punhal cravado, fundo em meu coração.

Com esse punhal e o medo do que ele traria de ti, cortei fora minhas asas. Caí. Jogado num mundo novo.

Fadado a andar por entre humanos normais tentando esquecê-la. Lembrei. Chorei. mas voltei a andar.

O que mais dói de minhas cicatrizes é que minhas asas posso tê-las novamente. Querer. Mas meu coração jamais voltará a crescer.

(para você desu...)

Brunno Andrade
Enviado por Brunno Andrade em 24/11/2012
Reeditado em 13/06/2013
Código do texto: T4002178
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