A MUSA E O POETA
Toda musa nasceu para ser contemplada...
Jamais deverá ser - pelo poeta - tocada!
Se o poeta quebra as regras
E a toca por um mágico instante...
A musa desaparece, esvoaçante...
A carne da musa é tão sedutora
Quanto a rima, o verso, a poesia...
A carne do poeta é tão pecadora
Quanto o pensamento, o toque, a orgia...
O corpo do poeta se contorce em espasmo...
A musa se encolhe... se culpa pelo orgasmo...
O poeta fecha os olhos, extenuado... sonhador...
E quando os abre, contempla o vazio... a dor...
Alexandre Brito - 02/12/2012 - 19:30
(*) Imagem: Google