O falar desse silêncio
Digo tantas coisas sem falar nada
Olho além e vejo tudo,
Vejo daqui horizontes largos,
Grama verde, gado no pasto.
À sombra repousam os seus
E o vento corteja os ciprestes
Num bailado sem fim.
E aquelas palavras desconexas
Convertem em razões enigmáticas,
Traz de volta o velho pragmatismo
Tão contemporâneo.
A rudez desse silêncio
Chega a tal ponto
De aflição.
E assim vai se perdendo
No vazio das passadas largas,
Molham – se os pés nas poças d’água
Tão cheias de pó.