Ancoradouro

Ancorei meu barco, mas não por acaso o fiz,

Escolhi fazê-lo foi o que eu quis.

Naquela margem sonhei e por pouco não me perdi

Acordei, revivi... Adormeci... Despi-me.

Enclausurei anseios e pensamentos que são em vão...

Que me tocam fundo como acordes de uma canção.

Ancorei meu barco não por medo ou indecisão,

Queria mais um tempo para contemplação...

De um ser livre que vaga pela imensidão.

Aquela margem serena que tanto me encantou,

Levou de mim minha alma e me transformou.

Se alimentando de mim me confessou...

Tua rede me enreda... E se apossou.

Ancorei meu barco não para te prender

Mas me fiz presente para te pertencer.

Oh, margem serena que eu tanto quis

És de mim um pouco...

Teu brilho é quem diz.

(Geovana Farias)

Geovana Farias
Enviado por Geovana Farias em 10/12/2012
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