MÁCULA
Vagueio nesse vácuo que me centrifuga,
Tolhendo-me à razão, com poção coerciva,
E sinto em teu espectro a pala destrutiva,
Do mel desse teu céu que a minha alma suga...
E o lábio suculento e lactodensímetro,
Deslisa impaciente percorrendo a esfera,
E mapeando o corpo escultural da fera,
Fomenta...E se alimenta em cada vil centímetro...
E o laço do cansaço envolve esses dois seres,
Exaustos de paixão e incautos de prazeres,
Arfantes, radiantes, tênues, fadigados...
Denunciando a cena amena dos desejos,
Amarrotada, enfim, pelo tesão dos beijos,
E maculada, sim, por dois apaixonados...
(Nizardo)
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Xerinho.