O RETRATO

O RETRATO

Jaz entre teias de aranha e poeira

Carcomida pelo tempo e solidão

A estampa de um rosto sem definição

Sempre foi meu amor... a primeira

Não se vê mais a boca nem o nariz

Os olhos antes negros e vivazes

Foram devorados por cupins vorazes

Hoje a fotografia não tem matiz

Apesar de tudo amo quem ela representa

Reconheço nela antiga fragrância

Do nosso doce amor de infância

Que nunca acaba... ainda assim aumenta

N. B. Inspirado no texto “A FOTOGRAFIA” da poetisa MARIA ARANILDA

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 09/01/2013
Código do texto: T4074970
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