O AMOR É UM OVO

Enches-me com teu sensual enxame

Dito isso me escondo no teu recôndito inaudito

No teu colo incólume chego ao ápice de teu cume

O sangue ferve na contratura da criatura imberbe

Assino no teu ventre o futuro de nosso carne

O fruto de nosso gozo pende na tua gestação

Tu és árvore frondosa com pistilos de prosa

Odores de rosas dançantes e concupiscentes

O almiscarado odor indecente

Que desprende da noite malemolente de teu colo

Impregna iridescente atordoando a mente

Um peso se forma do contrapeso

Um compasso sem forma arde

A brasa fica ao sabor do vento como fio aceso

Oxigenação dos mistérios da criação

A bolsa em formação florida com um botão

Recamada de rosas colhidas na inseminação

Harpas em surdina o vento balouça

As crinas do cavalo alado que alucina

Nos coruchéus das serras rebenta a cerração

Dos pássaros ledos que esvoaçam em multidão

Aos altos berros o pupilo adentra outro mundo

Espia e respira a expiação

A gota do mar das fundas entranhas

Vindo de Ossanha em contração

É testemunha de nossa paixão tamanha....

Uma estrela chega flamejando gritos de caldas umbilicais

Das entranhas de nossa constelação...

RESPIRANDO NA EVOLUÇÃO DE NOSSAS DIGITAIS...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 11/01/2013
Código do texto: T4078564
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