MEU AMOR E MEU HUMOR

Como é difícil conviver com alguém que possui tanta oscilação no humor e que pune quem o ama com o desejo da solidão e do silêncio.

Como é difícil saber a hora de falar e a hora de calar, a hora de se aproximar e a hora de se afastar, a hora de abraçar e a hora de apertar apenas a mão, a hora de beijar e a hora de dar adeus, a hora de criticar e a hora de elogiar.

Como é difícil presentear, homenagear, gratificar, cobrar, lembrar, e ajudar.

Como é difícil saber a hora de ser presente para cuidar ou ser ausente para dar privacidade.

Como é difícil saber se quer compartilhar ou guardar segredo, se quer caminhar ou ficar parado, se quer saber ou prefere ficar alienado, se quer aparecer ou ficar no anonimato.

Como é difícil saber se quer se envolver ou apenas estar junto, se quer morar ou apenas curtir, se quer família ou apenas amigos, se quer viver por amor ou apenas morrer sem amar, se quer subir e permanecer no alto ou apenas chegar ao topo e descer.

Como é difícil saber se está com sono, dor de cabeça ou apenas sem desejo, saber se alcançou o ápice ou forjou com sonoplastia idêntica, saber se o som é de prazer ou de dor, saber se quer ficar junto no final para continuar se sentindo desejado ou se afastar para se aliviar do esgotamento e refrescar o calor.

Como é difícil, saber se quer vencer ou se contenta em competir, se quer troféu e reconhecimento ou apenas um parabéns, se quer fama dinheiro ou apenas impedir a projeção ou fortuna do adversário.

Como é difícil, entender que mesmo vivendo sabendo que vai morrer, não se importa em saber aprender viver.

Como é difícil, saber se lhe oferecemos ajuda ou nos colocamos presente, se o carregamos no colo ou o ajudamos a caminhar, se choramos por ti ou compartilhamos do seu choro, se lhe damos de comer ou lhe damos trabalho.

Silva Silvio
Enviado por Silva Silvio em 11/03/2007
Reeditado em 29/06/2007
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