AMOR PERDIDO

Quis o cruel destino

Que uma carta a ela chegasse

Coisa de desatino

Mas que gerou grande impasse

Depois de lê-la com calma

Chegou ao veredito:

Ele feriu minha alma

É traidor, o maldito!

Disse ela: isso é lei!

Não há explicação!

A culpa é certa, eu sei!

Exijo sua confissão!

O que podes tu dizer

Sobre esta carta maldita?

O melhor é esquecer?

Não ficar voltando a fita?

Homem velho e barrigudo

Seu amor não quero mais

Faça as malas, saia mudo

Enganou-me por demais.

Não sabendo reagir,

Frente à grande incompreensão

Tenho mesmo que partir

Chegou ele à conclusão.

Sem ter para onde ir

Uma casa improvisou

E vendo a vida ruir

Não resistiu, chorou...

É bom que ele fique assim

Sofrendo de montão

Pois se depender de mim

Divórcio,... não tem não!

O que tenho a ganhar

Com uma separação?

Nem de ônibus eu ando

Desta casa, ... não saio não!

Um ano se passou

E o amor esmaeceu

Ela, o pé não arredou

Ele, outra mulher conheceu.

Nela, bateu solidão

O medo de ficar só

Nele, arrependimento

E uma pena de dar dó.

Ele com outra, balela!

Disse ela ao saber

Não tem capacidade

Não tem o que oferecer.

Disso tudo duvidou

Mas a raiva apareceu

Contra os filhos se voltou

Até na cara bateu.

Depois de toda a confusão

Agiu de forma normal

Esperando pelo perdão

Esquecendo todo o mal.

Vem de volta com bagagem

Meu marido infiel

Separar não é vantagem

Não moro de aluguel

Prefiro junto morar

Como amigos, nada mais

Podemos até tentar

Mas dormir junto, jamais

A proposta ele aceitou

Sem nenhuma hesitação

Para casa retornou

Reatou a relação

Hoje ela não é rude

E isso ele compreendeu

Mas o amor da juventude...

Este, não existe mais, morreu...

Carlos Alberto Romanelli
Enviado por Carlos Alberto Romanelli em 03/02/2013
Código do texto: T4121484
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