Priscila

Em seu manto, sentada sobre a grama

Extenuada, enfim Priscila olha os dias

Do outro lado de um revés que se inflama

Germinam flores, rútilas e frias

Flor hirta, redoma a sutilizar

Oh! campo ermo de beleza indizível!

No etéreo sonho que fosse esse o lar

Da menininha, sereia invencível

Redivivendo a flor, força dos pares

Lança no espaço o perfume da sorte

E traz nos éolos ruflos desse fogo

Ave sereia, princesa da morte

Pois quem pranteia refringindo o orvalho

A esconder sua triste face almejada

Em cantos graves, breve sussurrar

Para que esteja em seus contos de fada?

E os beijos nunca afetos do silêncio

Dos abraços que – outrora? - não me lembro

Fazem saber que o pranto agora meu

Foi de Priscila, foi! foi de um setembro

Ah! sobre essa relva chorando estou

Sob as estrelas, na noite encantada

Na noite que beija os mares gelados

Brilha teu nome ave sereia amada!

jairomellis
Enviado por jairomellis em 15/03/2007
Reeditado em 22/03/2007
Código do texto: T413177
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