Priscila
Em seu manto, sentada sobre a grama
Extenuada, enfim Priscila olha os dias
Do outro lado de um revés que se inflama
Germinam flores, rútilas e frias
Flor hirta, redoma a sutilizar
Oh! campo ermo de beleza indizível!
No etéreo sonho que fosse esse o lar
Da menininha, sereia invencível
Redivivendo a flor, força dos pares
Lança no espaço o perfume da sorte
E traz nos éolos ruflos desse fogo
Ave sereia, princesa da morte
Pois quem pranteia refringindo o orvalho
A esconder sua triste face almejada
Em cantos graves, breve sussurrar
Para que esteja em seus contos de fada?
E os beijos nunca afetos do silêncio
Dos abraços que – outrora? - não me lembro
Fazem saber que o pranto agora meu
Foi de Priscila, foi! foi de um setembro
Ah! sobre essa relva chorando estou
Sob as estrelas, na noite encantada
Na noite que beija os mares gelados
Brilha teu nome ave sereia amada!