À Anônima

À Anônima

De um belo rosto se faz a tela,

De longos fios se orna o belo,

De olhos cálidos, afável ser,

De boca branda, palavras calmas.

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Qual suave vento que canta,

Dela provém tais harmonias.

Se me recordo, deleito a alma,

Se me enlouqueço, recordo a voz.

Qual chama de eterno brilho,

De ardentes sóis se dá o olhar.

Verdade sã que me afaga o ser,

Que me ofusca, mas me conduz.

Qual entrelaço de ramos vivos,

Assim ao corpo seus fios expõe.

Em sonhos meus, rejo-os sutil,

E a cada fio tomo-o por nome.

Qual paisagem forjada ao tempo,

Na tela tece sua formosura,

Entre cores e traços, bela menina,

Entre meninas, mais bela dama.

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Hugo LC
Enviado por Hugo LC em 15/03/2013
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