Apenas Amor

Sutil como folha seca ganhando o chão,

Era a voz pairando de fora para dentro

Daquela noite, daquela vindima em opus!

Espaço mansidão, condão argumento,

Nestes tons encaminhou-me a canção

Celebrando a colheita do jeito de amar

E trazer dos claros bancos de areia,

Brochura pele, torpor d’alma!

Das claves em sol maior, habitas etérea..,

No beijo, o melaço da rubra fruta singular,

Do abraço, o mesclar das águas límpidas

Entre os montes brandos e aveludados

O limiar das marés guiadas pelo luar!

Destino... O macular das palavras

Recital coração apaixonado, vida longa a poesia

Instrumentada no conjugar dos verbos

Alheios a angústia, enquanto somam-se os sinos

Em nome do amor, sem desigual, apenas amor!

Em meio a meia luz,

Dos elos em contração... Semeia-se paixão!

17/03/2013

Porto Alegre - RS