LOGUN EDÉ
Menino belo de leveza encantada
Ouro e turquesa suas cores em avatares
Um ofá do pai na mão direita
E o abebê da mãe na esquerda dourada.
Santo Expedito é teu sincretismo: o impossível
Caças na mata como Inlê: nosso pai
E nadas submerso nas lágrimas
Madrepérolas e dulcícolas de nossa mãe: Oxum
Ali pescas para nutrir teu povo com fartura
Como faz de exemplo nosso pai Oxóssi.
És dual, mas não andrógeno
Belo narciso amarelo de invejável transparência
Graças pelo mundo como luz bela e incandescente
Luz telúrica de um sol divinizado e baunilha outonal
Pela natureza etérea do tempo saudade primavera.
De Ogum herdou as armas
És também um varão de guerra...
De Iansã foi coroado Príncipe
De Omolú herdou a curanderia: és Ologum.
Vaidade e simpatia são teus marcos
Salve Logun Edé pueril e de puberdade guerreira
Pois corajoso vences o mundo
No limiar de dois nichos ecológicos específicos
A mata rasa e os rios em corredeira
Sempre e sempre duais e profundos.