LOGUN EDÉ

Menino belo de leveza encantada

Ouro e turquesa suas cores em avatares

Um ofá do pai na mão direita

E o abebê da mãe na esquerda dourada.

Santo Expedito é teu sincretismo: o impossível

Caças na mata como Inlê: nosso pai

E nadas submerso nas lágrimas

Madrepérolas e dulcícolas de nossa mãe: Oxum

Ali pescas para nutrir teu povo com fartura

Como faz de exemplo nosso pai Oxóssi.

És dual, mas não andrógeno

Belo narciso amarelo de invejável transparência

Graças pelo mundo como luz bela e incandescente

Luz telúrica de um sol divinizado e baunilha outonal

Pela natureza etérea do tempo saudade primavera.

De Ogum herdou as armas

És também um varão de guerra...

De Iansã foi coroado Príncipe

De Omolú herdou a curanderia: és Ologum.

Vaidade e simpatia são teus marcos

Salve Logun Edé pueril e de puberdade guerreira

Pois corajoso vences o mundo

No limiar de dois nichos ecológicos específicos

A mata rasa e os rios em corredeira

Sempre e sempre duais e profundos.

Marco Kbral
Enviado por Marco Kbral em 19/03/2013
Reeditado em 22/08/2014
Código do texto: T4197763
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