OXUM

Lasciva e inteligente

Matou um batalhão envenenado

Coitado de Ogum que um dia por ela

Se viu ludibriado...

Tanta força e bravura

De nada adiantou

Pois no ardil de Oxum

A destra de Ogum apagou.

Com veemência ludibriou Obá

Que uma orelha cortou

Para Xangô encantar.

Até Exú, Oxum fez enganar

O jogo de Búzios

Com pó mágico

Também passou a divinizar.

Quem ainda pensa

Que só de beleza vive Oxum

Se engana...

Venenosa é a rainha da beleza

Que de inteligência rara

Submerge em rios e lagoas cintilantes

Para cuidar com mais carinho

Do que cuida de seus filhos

As suas jóias de intenso ouro acobreado.

Marco Kbral
Enviado por Marco Kbral em 19/03/2013
Reeditado em 02/08/2014
Código do texto: T4197812
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