OXUM
Lasciva e inteligente
Matou um batalhão envenenado
Coitado de Ogum que um dia por ela
Se viu ludibriado...
Tanta força e bravura
De nada adiantou
Pois no ardil de Oxum
A destra de Ogum apagou.
Com veemência ludibriou Obá
Que uma orelha cortou
Para Xangô encantar.
Até Exú, Oxum fez enganar
O jogo de Búzios
Com pó mágico
Também passou a divinizar.
Quem ainda pensa
Que só de beleza vive Oxum
Se engana...
Venenosa é a rainha da beleza
Que de inteligência rara
Submerge em rios e lagoas cintilantes
Para cuidar com mais carinho
Do que cuida de seus filhos
As suas jóias de intenso ouro acobreado.