O conto do Vento e do Mar
Muito prazer me chamo o Vento
a incerteza do meu próprio caminho,
sou livre para ir aonde quiser,
mas sempre vou te procurar.
Você pode não me ver,
mas sempre estou lá;
posso não estar escondido,
mas espero que vá me encontrar.
Sou como o Vento: livre para andar,
porém por você decidi parar
pois como ele eu me apaixonei
por esse alguém que se chama Mar.
Muito prazer me chamo o Mar,
estou em muitos lugares,
mas sabes onde me encontrar.
Sou muito profunda
pois muitas coisas preciso guardar.
Não que eu queira enganar,
mas nem tudo se pode revelar.
Nunca fico parada,
no entanto prefiro não me exaltar.
Não sou tão simples quanto pareço
por isso não sei se todo seu amor eu mereço...
então meu Vento, não procure se apaixonar
pois afinal sou somente o Mar.
Digo que tu és mais do que pode imaginar
é grande, é forte e única
por isso és o Mar.
Obrigada meu Vento,
mas não tente me agradar
pois ainda assim
nunca poderei subir ao céu para te encontrar.
Por isso é que desço,
para te tocar e muitas ondas formar...
Espere um pouco meu Vento,
agora preste atenção:
admiro seu amor,
mas não posso ter seu coração.
Não me entristeça assim meu Mar
porque por você quero lutar
e não importa o que aconteça
continuarei a te amar.
Não diga isso meu Vento
eu não quero que lute
já tenho seu carinho e sua amizade
e isso não quero que mude.
Então assim como o Vento eu me fui
por não poder amar,
mas como o Vento eu sempre voltarei
pois nunca esquecerei o meu Mar.
Como o Mar eu fiquei
e não sinto mais a brisa soprar...
desculpe-me meu Vento
por não poder te amar.
Desta forma podemos até nos tocar
para formarmos muitas ondas
que à praia vão chegar.
Porém, por mais que ligados possamos estar
jamais estaremos juntos...
pois somos como o Vento e o Mar.
Erison Duarte