ENTRE O CÉU E A TERRA

ENTRE O CÉU E A TERRA

Soltam se as rédeas...

Os laços febris da espera

A galopar pelo sertão

Céu sem sol,

Terra sem matéria...

O aço do vento veloz

Nos braços da poeira...

A louca vida guerreira

No encanto de um sonho santo...

Asas inertes no solo

Trêmulas aves rasteiras

A sangrar o mastro do sonho...

Quem já não fez se herói

Quem já não chorou

No sótão do coração!

Sentiu o frio da lua

A latejar nas pupilas...

E o ardor da paixão

A queimar na bravura...

De alçar por medo de amar

Por saltar feito as chuvas...

No pódio da razão argumentar

O ponto de partida...

Seguiu sem plantar margaridas...

Ao rumo do sensato...

Ao rumo do equilíbrio

Matou a célula do olfato...

Vai estrela anuncia

Mais uma noite ferida...

Aos pés dos silencio,

Á sombra da despedida...

Que meu grito solfejará amor

Sangrando flecha retida.

Poesia Marisa Zenatte

* Direitos Reservados

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 22/04/2013
Reeditado em 06/10/2013
Código do texto: T4253789
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