Amor contraditório

Em pranto alegremente rio.

Tomando de felicidade choro.

Estando do coração doente não morro.

Mas ”em vivo ardor tremendo estou de frio”.*

Vejo incêndio em dispersas águas frias.

Correntezas alimentam beijos em fogo ardentes.

A escuridão da noite ilumina meu dia:

Alegre e cinza que me atormente.

Se agora espero eternos dias para vê-la

quando a vejo não sei se valeu a pena.

Mas Deus sabe o quanto eu amo essa morena

que do meu céu é a mais bela estrela.

A minha amada e querida Dulcineia

que é mais formosa que uma azaleia.

* verso do soneto de Luiz Vaz de Camões

Paulo Rodrigues
Enviado por Paulo Rodrigues em 24/04/2013
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