Amor Impossível
Ó diamante que reluz!
de fulgor que encandece olhos meus,
faço de ti essa áurea quebra-luz
que sandeu mais insano que eu?
Ó pedra mortiça, negra,
vê se avariando com o tempo nefasto,
pelo desuso que lhe causa, tempo gasto,
gasto te mirando, ora, para que regra?
Ó menina luz, já opaca e sem vida,
prefiro me encontrar com o Senhor,
do que merecer essa oxida.
Por que, Senhor, escutai a minha dor!
Ó dores de Santa Helena,
quantos baús já não revirei,
na busca de sua depena,
quero-te bem, mas é impossível, eu te deturpei.]