ADORO-TE... (mais uma do meu amigo Nizardo Américo)

Amo-te tanto, amor, e amando assim

Só vejo em ti meu prazeroso abrigo...

Deixando sempre de pensar em mim

Já que meu pensamento está contigo...

Estás gravada no meu nervo ótico

E me alimentas com o furor felino

Que vem do cheiro ardente e hipnótico

Fugido desse alvéolo feminino...

E assim viajo até na tua voz,

Chegando a te ouvir sob os lençóis

Gemendo e rindo, dama e às vezes louca...

Dizendo tudo que eu preciso ouvir

Enquanto tu me fazes deglutir

A seiva morna que me adoça a boca...

(Nizardo)

Poesia registrada.

Xerinho.