Tempo Antigo
Nessas ruas – Há tempos – nossos corpos se cruzavam...
E viviam como o vento: Livres entrelaçados...
E aqueles que fomos ontem se completavam nas esquinas e resistiam nos muros e praças...
E sentia sua plenitude, seu âmago...
A juventude... e os sonhos de imaginação...
Hoje os ventos percorrem sozinhos os passos que antes eram nossos...
E as grades do presente aprisionam nossos esforços... Separando-nos...
Por saber que o hoje (na sua ausência) me tortura, Esperei tanto que o amanhã fosse pelo menos uma mera lembrança de um ontem amado e redimido por tua presença...
Presença que hoje eu estou à procura...
E agora, tanto tempo passado do que vivemos... na morada maior da desventura...
Choramos sozinhos... O momento em que a solidão se configura... Em detrimento de um instante tão bonito...
Seremos sempre esse desejo infinito, em que lembramos o que fomos nesse tempo tão antigo...