Tempo Antigo

Nessas ruas – Há tempos – nossos corpos se cruzavam...

E viviam como o vento: Livres entrelaçados...

E aqueles que fomos ontem se completavam nas esquinas e resistiam nos muros e praças...

E sentia sua plenitude, seu âmago...

A juventude... e os sonhos de imaginação...

Hoje os ventos percorrem sozinhos os passos que antes eram nossos...

E as grades do presente aprisionam nossos esforços... Separando-nos...

Por saber que o hoje (na sua ausência) me tortura, Esperei tanto que o amanhã fosse pelo menos uma mera lembrança de um ontem amado e redimido por tua presença...

Presença que hoje eu estou à procura...

E agora, tanto tempo passado do que vivemos... na morada maior da desventura...

Choramos sozinhos... O momento em que a solidão se configura... Em detrimento de um instante tão bonito...

Seremos sempre esse desejo infinito, em que lembramos o que fomos nesse tempo tão antigo...

Nilton Junior
Enviado por Nilton Junior em 13/05/2013
Reeditado em 15/11/2013
Código do texto: T4289261
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